Incongruências Arquitetônicas

Inaugurei hoje a estação General Osório do Metrô. Tudo muito bem, tudo muito bom, mas…… tem sempre um mas, né? A estação é muderna, bem iluminada, piso de granito, mas….. tem sempre um mas, né?

Seguindo a linha de inclusão social, a estação possui elevadores para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Aí é que a coisa pega. Para se entrar na estação e chegar ao elevador existem quatro degraus. Como é que é? Tem elevador pra cadeirante mas não tem rampa pra se chegar ao elevador. Entendeu? Pois é…..

A estação é novinha, não tem nem um mês e já tem escadas rolantes paradas. Se você é idoso, tá com dor na perna ou tá cheio de compras, f**a-se, vai subir de escada mesmo. Quem mandou acreditar em obra decente? E olha que a estação deve estar no andar logo acima do inferno, já que se desce pra caramba até chegar aos trilhos. Não sei como não acharam petróleo nas escavações.

Tem gente, ONGs e mesmo o governo que anda reclamando da maneira como as mulheres brasileiras e especialmente as cariocas são tratadas. Até censuraram um livro que dizia que a mulher carioca era fácil. Pois não é que tem um painel de azulejos pintados na estação com uma alegoria sobre a Banda de Ipanema cheio de mulheres com os peitos de fora? Concordo que é uma pintura estilizada, mas convenhamos, pra quem diz que esse estereótipo deve mudar, deixar aqueles peitos de fora foi, no mínimo, um fora.

Quando era criança, se dizia que “era coisa de português”, quando se fazia alguma coisa mal feita. Pois garanto que nenhum arquiteto ou engenheiro português faria uma estação sem rampa pra cadeirante. É coisa de brasieliro, isso sim.